terça-feira, 16 de novembro de 2010

Poemas São como Vitrais Pintados

Poemas são como vitrais pintados!
Se olharmos da praça para a igreja,
Tudo é escuro e sombrio;
E é assim que o Senhor Burguês os vê.
Ficará agastado? — Que lhe preste!...
E agastado fique toda a vida!
Mas — vamos! — vinde vós cá para dentro, Saudai a sagrada capela!
De repente tudo é claro de cores:
Súbito brilham histórias e ornatos;
Sente-se um presságio neste esplendor nobre;
Isto, sim, que é pra vós, filhos de Deus! Edificai-vos, regalai os olhos!

Johann Wolfgang von Goethe, in "Poemas" 
Tradução de Paulo Quintela

Um presente feito por você


Cursos serão ministrados em Campinas/SP
Pagamentos parcelados pelo pagseguro até tres dias antes do inicio do curso
Maiores informações: mari.geuer@gmail.com

terça-feira, 15 de junho de 2010

VITRAL – ARTE E TRADIÇÃO

 

VITRAL – ARTE E TRADIÇÃO

Viaje com suas mãos através dos séculos, tendo contato com esta arte milenar.

VITRAL
É uma composição artística, cujo material usado são os vidros transparentes, coloridos, lisos ou com texturas, montados interligando perfis de chumbo e soldados com estanho.

SUAS APLICAÇÕES
Pode ser aplicado em vários ambientes inserido em portas, janelas, vãos, tetos, clarabóias, ou assumir formas de objetos, luminárias, caixas, espelhos e outros objetos decorativos.  As peças possuem valor agregado devido ao forte caráter artístico e uma produção artesanal.


CURSO INTENSIVO BÁSICO
No curso intensivo básico, o aluno aprende a técnica tradicional ( com vidros coloridos e chumbo) e produz uma peça de vitral plana que pode se transformar em um móbile de 20 X 20 cm.


PÚBLICO ALVO
Arquitetos e decoradores, amantes desta arte e  pessoas que queiram aprender como hobby ou como uma forma terapeutica . Não tem limite de idade, depende basicamente do interesse e aptidão.


METODOLOGIA
Primeiramente  é feita uma breve explanação da história do vitral e  exposição da técnica com explicações e demonstrações das possibilidades de aplicação do vitral e por último a prática incluindo corte, montagem, soldagem, acabamento, enfim,  todos os procedimentos necessários para a obtenção da peça artísticas e artesanal.
As aulas são em grupo de até seis pessoas ou individuais.


MATERIAL
Todo material necessário para a montagem de uma peça 20×20 é fornecido pelo curso e as ferramentas são de uso mútuo
 Com o curso, o aluno terá  noção e participação em todas as etapas do vitral na técnica tradicional.
Atualmente  é oferecido no último sábado de cada mês das 9:00 às 17:00 hrs.





FACILITADORA

TINEKE GEUER ARGUETA
Artista Plástica, vitralista e mosaicista, ministra cursos desde 1996. Trabalhou mais de 30 anos com seu pai Ton Geuer em projetos e elaboração de peças artesanais na técnica de vitral, mosaico e fusing. Especialista em restauração de vitrais antigos.


INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Mari Geuer – 19 33246904 (mari.geuer@gmail.com)
Tineke Geuer -  (tinekegeuer@ig.com.br)


 PROXIMA DATA 

28/05/2011

Horário: 9:00 – 17:00 h

(com uma hora de intervalo)

domingo, 18 de abril de 2010

VITRAL - ARTE E TRADIÇÃO

Viaje com suas mãos através dos séculos, tendo contato com esta arte milenar.

Programa:
# Teoria: Apresentar a história desta arte milenar
# Ensinar a Técnica básica do processo do vitral
# Prática: Você fará uma peça (20x20cm)
# Incluso: Apostila / certificado / material


Facilitadora: Tineke Geuer Arqueta
Artista Plástica, vitralista e mosaicista, ministra seus cursos no atelier desde 1996.
Trabalha há mais de 30 anos com projetos e elaboração de peças artesanais na técnica de vitral, mosaico e fusing. Especialista em restauração de vitrais antigos.



vitral em residencia - por Vitrais Ton Geuer

Local: Vitrais Ton Geuer - Rua José Martins, 1549 - Barão Geraldo - Campinas/SP www.vtg.com.br
Data: 29/05/2010
Horário: 9:00 - 17:00 h (com uma hora de intervalo)
Informações: f. 19 3289.1502 / 3324.6904
mari.geuer@gmail.com

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Mosaico

Tampo de mesa feita / vidros coloridos importados

O Homem Medieval à procura de Deus

Formas e conteúdo da experiência religiosa
André Vauchez

            Arte e Espiritualidade

A Igreja tentava elevar um povo ainda rude e mal instruído além dos requisitos puramente materiais, fazendo-o pressentir a existência de uma realidade superior. Para isso, não hesitou em utilizar os recursos da arte, ao mesmo tempo expressão de uma vida espiritual intensa – a dos clérigos – e meio para os leigos vislumbrar a grandeza e a infinita riqueza do mistério divino.....

.......Muito se falou da “Bíblia de pedra”, que essas obras ofereciam ao olhar dos humildes. Não é incontestável que a intenção pedagógica tenha sido primordial para aqueles que mandaram executá-las, e seu objetivo parece ter sido, antes, provocar um choque emotivo, capaz de se prolongar em intuição espiritual. Em uma religião em que o culto era o ato essencial, a principal função da casa de Deus era oferecer aos mistérios divinos um cenário digno da sua grandeza. Mas a beleza das formas não se limitava a ser adequada ao caráter sagrado do oficio litúrgico. A igreja de pedra, símbolo da grande Igreja, povo dos redimidos, devia proporcionar aos fiéis um prenúncio da beleza do céu.  Segundo essa doutrina, cada criatura recebe e transmite uma iluminação divina segundo as suas capacidades, e os seres, assim como as coisas, são ordenados em uma hierarquia, segundo o seu grau de participação na essência divina. A alma humana, envolvida na opacidade da matéria, aspira a voltar a Deus. Ela só pode conseguir isso através das coisas visíveis, que, nos níveis sucessivos da hierarquia, refletem cada vez melhor a sua luz. Pelo criado, o espírito pode assim remontar até o incriado. Aplicada ao campo da arte, essa concepção das relações entre 0 homem e o divino levou a multiplicar nas igrejas objetos como pedras preciosas ou obras de ourivesaria sacra, que, por sua irradiação, podiam ser consideradas como símbolos das virtudes e ajudar o homem a elevar-se até o esplendor do Criador. Do mesmo modo, a luz, filtrando-se através dos vitrais, estimulava meditação e conduzia o espírito para Deus, de quem ela era o reflexo...... “Pela beleza sensível, a alma adormecida se eleva até a verdadeira Beleza e, do lugar onde jazia, ela ressuscita para o céu, ao ver a luz destes esplendores.”.....

......Não existe, pois uma única, mas duas espiritualidades da arte na época medieval: uma aceita e até procura a mediação do sensível; a outra recusa a analogia entre a beleza do mundo e o esplendor do além....... A função da arte se limita então a favorecer 0 recolhimento do homem em si mesmo, que o faz nascer para a vida interior.....

........No século XIII, foi um caminho intermediário entre essas duas concepções antagonísticas que acabou por triunfar nas grandes catedrais g6ticas do noroeste da Europa. De Chartres a Salisbury e a Estrasburgo, toda uma serie de grandes edifícios sacros foram então construídos ou reconstruídos no coração das cidades episcopais, com 0 objetivo de manifestar a realeza do Cristo, à qual a sua mãe era muitas vezes associada, como indica a presença, cada vez mais frequente à medida que se avança no tempo, do tema da coroação da Virgem no tímpano do portal principal. Esculturas, vitrais coloridos, mosaicos de pavimento contribuíam para fazer dessas vastas casas de Deus edifícios luminosos e cintilantes... tudo isso visava proporcionar a quem entrasse um sentimento de unidade e de despojamento...

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VAUCHEZ, André. A espiritualidade na Idade Média Ocidental (Séc VIII a XIII). Trad.: Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.