terça-feira, 15 de novembro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Aspectos do VITRAL


Capela São Vicente (Campinas/SP) - artista Ton Geuer

Entre as formas conhecidas de arte, o VITRAL ocupa uma posição única e peculiar, por sua ligação íntima entre o vidro e luz.

O vitral é uma arte dinâmica. Transmite e difunde  vida, através da luz, se modificando de acordo com a hora do dia,  época do ano, o tempo lá fora.

O florescimento da arte na Idade Média tem sua causa na filosofia  de Platão e Neoplatônica  da Luz, quando surgiram janelas refulgentes para iluminar o espírito do homem, para que, através da luz, pudesse entender a LUZ DIVINA.

Quando surgiram as primeiras igrejas e  catedrais em grande estilo, resplandecia o magnífico colorido dos seus vitrais. O efeito deve ter sido estonteante. Assistir uma cerimônia religiosa não era simplesmente uma instrução espiritual e um consolo, mas se tornou uma interiorização num mundo muito fechado cheio de maravilhas. De um lado, o vitral era o que se poderia chamar o "Cinema Medieval",  do outro lado, transmitia uma idéia, uma mentalidade mística, que aproximava os homens a Deus.

Neste sentido se expressou o escritor francês René Bazin, quando disse: ...."Um vitral é uma atmosfera, um ambiente" , antes de ser uma imagem.

Nos séc. 17 e 18, os próprios vitralistas, acabaram com sua arte,  usando de tintas de alta temperatura, sacrificando a propriedade essencial do vidro: a vida e o vigor das cores translúcidas. Em meados do séc 20, houve um renascimento largo e profundo. 

Há muito não se trata mais de uma arte puramente religiosa , cada vez mais adentra em construções residenciais, comerciais e arquitetônicas.

Em comparação com outras artes, o vitral depende também de experiência artesanal. Não se deve esquecer  que o principal instrumento do vitralista consiste em sua mãos, capazes de modelar no vidro uma ideia, um projeto ou um sonho. Além disso, a criação e a ortodoxia não se dão bem, já que para criar é necessário transgredir normas, isto é, experimentar.

No entanto, a técnica, o conhecimento dos materiais e a aplicação das ferramentas adequadas são elementos necessários para a execução dos desenhos com maestria e qualidade.

Painel Expoflora 2009 - Vitrais Ton Geuer
                                                   
Fonte:
Glasfenster Der Welt - Orbis Verlag 
O Vitral - Pere Valperes

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Stained Glass = VITRAL

O nome "Stained Glass", originou do antigo processo da aplicação de aditivos  no vidro derretido, para criação de cores,  e dar aparência de manchas.Componentes da fórmula original, também usadas para dar a forma e criar pequenos detalhes, como um rosto expressivo ou dobras em um robe. O método atual para criar estes detalhes ainda é o mesmo.
No entanto, para criar cores sólidas ou turbilhão, os aditivos são adicionados à mistura ainda líquida em alta temperatura.. O nome "stained glass" representa este processo e tornou-se a frase " nomenclatura" para designar o trabalho artístico de vidros coloridos  com chumbo, o nosso conhecido "Vitral"
As barras de chumbo que atravessa os desenhos primitivos encontrados em igrejas e catedrais eram utilizadas apenas para o apoio estrutural. Hoje, as linhas de chumbo, na maioria das criações  dos vitrais tornou-se parte integrante do projeto artisticamente, além de fornecer suporte estrutural

domingo, 12 de junho de 2011

Curso de Vitral Intensivo

Curso de Vitral  

ARTE , TRADIÇÃO, CRIATIVIDADE . 

Viaje com suas mãos através dos séculos, tendo contato com esta arte milenar.








VITRAL

É uma composição artística, cujo material usado são os vidros transparentes, coloridos, lisos ou com texturas, montados interligando perfis de chumbo e soldados com estanho.

APLICAÇÕES
Pode ser aplicado em vários ambientes inserido em portas, janelas, vãos, tetos, biombos, claraboias, ou assumir formas de objetos, como luminárias, porta jóias, espelhos e outros objetos decorativos.  As peças possuem forte caráter artístico e uma produção artesanal.

CURSO INTENSIVO BÁSICO
No curso intensivo básico, o aprende-se a técnica tradicional com vidros coloridos e perfil em H numa peça de 20 X 20 cm.

PÚBLICO ALVO
Amantes desta arte e  pessoas que queiram aprender como hobby,uma forma terapêutica ou profissional ou funcional, depende basicamente do interesse .

METODOLOGIA
Exposição da técnica, explicação e demonstração das possibilidades da aplicação do vitral.

Prática que inclui corte, montagem e acabamento. Todas as  etapas necessárias para a obtenção de uma peça

AULAS
Em grupo de até seis pessoas ou individuais ( a combinar ).

MATERIAL
Todo material necessário para a montagem de uma peça 20×20 ( amostra que será do aluno) é fornecido pelo curso e as ferramentas são de uso mútuo.
Será oferecido materiais e ferramentas para venda, conforme interesse.



PRÓXIMA DATA.....28/04/2018

Local  - Campinas/SP
Facilitadora - Tineke Geuer Argueta

                      

horário: 9:00 às 17:00 hrs (intervalo para almoço)  


Inscrição/Informação

tine.geuer@gmail.com
fone 19 33423242
watts 19 995196902
 





sábado, 11 de junho de 2011

História do Vitral - Período Pré-Romântico e Romântico

O grande desenvolvimento do vitral, iniciou-se juntamente com o aparecimento do Cristianismo e evoluiu principalmente durante os períodos Romântico e Gótico. Houve um longo período de decadência, para ressurgir com força nos séculos XIX e XX, sendo até hoje, uma das artes mais vivas e renovadoras do panorama artístico. Surgiram novos materiais , mas os grandes artistas, continuam usando as técnicas do passado, que as máquinas e novos sistemas não conseguiram superar.
No período Pré-Romântico , o vitral artístico mais antigo conservado, não estava relacionado à arquitetura, mas sim com a ouriversaria. Uma peça formada por diversos pedaços de vidro unidas com chumbo, que representavam uma cruz com adornos florais aos lados e as letras Alfa e Ômega flanqueando-a.
Em 1932, foi encontrado um pequeno vitral fragmentado, representando a cabeça de Cristo , em Lorsch que se julga ser do século IX e outra em Wissembourg, constituindo-se as imagens mais antigas conservadas intactas. São consideradas as primeiras amostras  da técnica " grisallie", com traços quase grotescos dos olhos, cabelos e barbas, assim como a veladura ocre que modela as sombras em união aos perfilados, técnica usada até hoje.

No período Romântico, as paredes das igrejas eram espessos e ostentavam pequenas aberturas para a passagem de luz. Quando se tratava de igrejas importantes, essas aberturas eram decoradas com vitrais, com predominância de medalhões em miniaturas, representando personagens e cenas biblícas. O maior desenvolvimento se deu na França, tendo como destaque: Catedral Le Mans, Portiens e a Catedral de Chartre, além de outras.


Detalhe Catedral Chartres

terça-feira, 24 de maio de 2011

LUA


 












O aspecto simbológico da Lua,  como o do Sol, é conhecido desde tempos imemoriais. A "deusa da noite" foi, desde sempre, cultuada como "mãe universal", o princípio feminino que fertiliza todas as coisas. A Lua representa a alma, como o Sol representa o espírito. No plano esotérico está identificada com a deusa egípcia Ísis, a grande iniciadora da alma nos mistérios do espírito. A Lua representa os poderes modeladores da Luz Astral: é considerada representação da matéria. Suas forças são de caráter magnético, e portanto, opostas às do Sol, que tem caráter elétrico. Na psicologia, a Lua simboliza o inconsciente e, portanto, os sentidos físicos, as paixões e emoções animais e instintivas, bem como a imaginação, a sensibilidade e todos os demais aspectos femininos da vida. Em seus aspectos negativos, representa a preguiça, inconstância, frivolidade. A astrologia considera que a influência da Lua é puramente negativa. Na ausência de configurações importantes com o Sol e os demais planetas, ela não acarreta nem venturas nem desgraças. Mas, quando toma parte de uma configuração junto a outros corpos celestes, seu influxo pode ser extremamente poderoso, já que recebe a influência desses corpos e a intensifica, transferindo-a ao homem. Por isso, certos astrólogos costumam-se referir-se à Lua como o "grande médium astrológico do céu." A Lua é representada por um crescente em forma de copa, simbolizando o lado receptivo da natureza humana. A Lua é de polaridade feminina, aquática, negativa, e rege o signo de Câncer. Seu metal é a prata.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mosaico

A arte do mosaico sempre apresentou características decorativas e funcionais. É aproveitado para decoração de interior e exterior : pisos, paredes, coberturas, tetos, vasos, janelas, enfim várias opções!
Um dos primeiros mosaicos encontrados, foi na Mesopotâmia Antiga, atualmente Iraque, em torno de 3.000 a.C. Cavilhas eram implantadas na argamassa para reforçar a estrutura. As cabeças circulares desses pregos eram coloridos e se dispunham de modo a formar desenhos geométricos.
Quando compomos o mosaico, seguimos o sentido natural das formas. Unir peça por peça como se fosse um quebra - cabeça, onde o próprio artista elabora o tamanho de suas pedras (seja de mármore, cerâmica, vidro, seixos) e  a composição das cores.


Foi realizado nesse mês de fevereiro, um curso básico de mosaico, utilizando como matéria prima, vidros coloridos e texturizados importados.
Com alguns ajustes, a técnica é a mesma usada para pastilhas e azulejos.
Número metodo indireto

Mosaico feito pelo método indireto
Mosaico sobre vidro em forma de mandala
 


 PROXIMA DATA


Início: 12/08/2011  (Sexta-feira)
das 14 às 17:00h
duração : 4 aulas


Serão feitas duas peças (móbile e um número de residência)


Informações / inscrições: mari.geuer@gmail.com 

ou pelo telefone: 19 - 3324.6904


    quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

    Vitrais: jóias feitas de luz

    No primeiro vitral que eu vi, eu tive a impressão que aquele mosaico de cores abria um buraco dentro da realidade material e conduzia meu olhar maravilhado para outra realidade que estava além do sensível.    O vitral me dava a impressão de que além da carapaça da matéria havia uma região aonde o maravilhoso se externava daquela maneira. O vitral, a bem dizer, é a porta dessa região.    Depois dessa porta há outra ordem de coisas. Está Deus. Aquele vitral é como que o cartão de visitas de Nosso Senhor, como que seu escudo heráldico.    O escudo heráldico não é a fotografia de um homem, mas é a descrição da mentalidade de uma família.    O vitral é a heráldica de Deus.    A luz criada por Deus penetrava no vitral e Deus como que dizia: "meu filho, sua alma dá para isso! sua vida existe para isso! tudo que está embaixo são coisas que na medida em que conduzem a isso estão bem".
    Resultado: alguém que voltando-se de olhar para a igreja de Saint Michel visse um grupo de punks dando risada da basílica, fazendo cambalhotas, e querendo, por exemplo, jogar lixo ali dentro, a posição natural e imediata seria ... 
    Há uma proporção: quanto mais alto a alma subiu, mais essa reação seria definida. A reação é o termômetro exato do entusiasmo.       
    Esse estado de espírito maravilhado diante do primeiro vitral pode passar rápido demais em algumas almas.     
    Mas deixa uma recordação que se fixa para todo o sempre se a alma continua fiel. Ali ela se encontra a si mesma, há uma espécie de identidade dela consigo mesma.    Deus criou aquela pessoa para viver nesse estado de espírito. Ela então vive disso. 
    Na medida em que ela não vive para isso, ela não tem a fisionomia que Deus quis para ela. Ela não sabe qual é sua verdadeira fisonomia. 
    De ali vem todos esses vazios, tristezas e frustrações que andam por ai. 

    fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 3/1/82.